domingo, 4 de outubro de 2009

"Junto e Misturado"


“JUNTO E MISTURADO”

Por acaso ouvi no rádio do carro, a caminho do IMACO, MV Bill cantando um verso do “rap” que dizia:

Tamo junto!
O bonde ta formado, eu sou um elo da corrente que é ruim de quebrar
Tamo junto!
Se quer subtrair, fique por ai se não tiver a fim de somar
Tamo junto e misturado, é lado a lado
Tamo junto e misturado, é lado a lado
Tamo junto e misturado, é lado a lado
Tamo junto e misturado

“Tamo junto e misturado, é lado a lado” me fez lembrar do horário de entrada da escola, que é também o horário do jantar, para alunos, professores, funcionários, ou seja, toda a comunidade escolar.
“Tamo junto e misturado, é lado a lado”
É sintomático que isto ocorra na hora da refeição.
“Lado a lado”, ficam na cantina da escola a turminha barulhenta dos alunos do primeiro ciclo, crianças de 7 a 10 anos, que estão na escola até mais tarde, esperando o transporte para casa ou terminando o treino do futebol.
“Lado a lado”, estão também os alunos mais velhos da escola. Aqueles das turmas da Educação de Jovens e Adultos que estão chegando para as aulas do turno da noite.
Entre as duas turmas, estão ainda, os alunos da terceira série do ensino médio noturno e os jovens do turno da manhã que vieram para esperar o ônibus que os levará ao jogo de futsal daquele noite.
Entre a estridente correria das criancinhas do turno da tarde, a ensurdecedora barulheira do time de futsal da escola, a alegria, nem sempre salutar, dos alunos do ensino médio. ficamos nós, os professores, a observar o “micro mundo” que a escola representa.
É assim, e não pode ser de outra maneira.
Não para uma escola que quer, e deve reproduzir a sociedade.
É muito bom quando o jovem ajuda a criancinha, que mal alcança o balcão, a pegar seu prato. Ou quando um outro diz que a senhorinha da EJA tem direito de furar a fila, pois é idosa.
Aprendemos com a alegria de uns, com a tolerância de outros, com a experiência de tantos outros e com a busca de todos nós por aqueles que queiram somar e não subtrair, separar ou segregar qualquer aluno que seja, em função de sua idade, de suas necessidades especiais, de suas características que fazem de todos e de cada um de nós, uma parte importante da corrente. Um “elo que é ruim de quebrar”
Veja no endereço abaixo a letra e o vídeo do MV Bill

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